sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

domingo, 4 de dezembro de 2011

FICHA TÉCNICA:

Director: Jean- Jacques Annoud
Elenco: Everett McGill, Rae Dayn Chong, Ron Perlman, Nameer El- Kadi, Gary Schwartz, Kurt Schiegl, Frank Olivier Bonnet, Brian Gill.
Produção: Michael Gruskoff, Denis Heroux, John Kemeny.
Roteiro: Gérard Brach.
Fotografia: Claud Agostini.
Trilha Sonora: Philippe Sarde.
Duração: 97 minutos
Ano: 1981
País: França/Canadá
Género Aventura.:
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Prémios- Vencedor dos prémios César de Melhor Filme e Direcção (1981). Óscar de Melhor Maquilhagem.
Curiosidades
Baseado no livro de J. H .Rosny.




Curso:
Licenciatura em Educação Socioprofissional
Unidade Curricular:
Técnicas de Animação de Grupo
Professor:
Carlos Jorge De Sá Pinto Correia
Estudante:
Dulce de Jesus Bernardo Silva
Obra cinematográfica:
A Guerra do Fogo
Grelha de Observação e Análise de Sequências Fílmicas
Considere as sequências de imagens como…
uma linguagem; um produto histórico e um veículo de comunicação

Ficha Técnica

 Realização: Jean-Jacques Annaud
Género: Aventura
Duração: 97 min
Origem: França - Canadá
Elenco: Everett McGill, Ron Perlman, Nicholas Kadi, Rae Dawn Chong
Fotografia: Claude Agostini
Música: Philippe Sarde
História: J.H. Rosny Sr.
Argumento Cinematográfico: Gérard Brach


Análise Globalizante
Exposição das ideias principais


 O filme fala-nos de um grupo de hominídeos na Pré-História e a sua luta pela sobrevivência. Destaca em particular a importância que o fogo tinha na vida deste grupo.
Neste filme, é realçada a importância da luta pela sobrevivência, existindo uma hierarquia e uma liderança no grupo.
 Existem diferentes grupos, uns mais e outros menos evoluídos, que estão a passar por uma aprendizagem de comportamentos, técnicas e hábitos.
. Esta diferença entre os grupos é visível nos processos evolutivos, nomeadamente na linguagem, nas diferentes formas de comunicar e nos espaços onde habitam.
 Este filme reflecte a importância das relações humanas e os afectos, assim como, também realça o encontro de culturas que conduzem o ser humano a um processo evolutivo.




Apresentação dos aspectos positivos / negativos

Os aspectos positivos: a capacidade de adaptação do ser humano, independentemente de na sua origem estarem meros instintos de sobrevivência, de protecção territorial, as estratégias de combate e o objectivo do progresso do grupo.  
Outro dos aspectos positivos é a utilização do fogo para se aquecerem e protegerem dos animais.

Os aspectos negativos: o protagonista, após roubar o fogo à tribo de canibais e antes de abandonar o local, atira para a água todas as brasas da fogueira que ainda pudessem ser ateadas, exclusivamente com o intuito de que aquela tribo não fique com fogo algum. Isto pretende demonstrar que, além do instinto de sobrevivência, o ser humano acaba por demonstrar que na sua própria natureza também existe um sentimento de maldade.


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Pertinência pedagógica
O filme aborda a evolução da espécie humana, em várias vertentes pedagógicas, tais como:
- Organizacional (a convivência em grupos e existência de subgrupos; a liderança, representada pelo líder do grupo e pelo líder religioso; a distribuição de tarefas, como por exemplo, o vigia ou o guarda do fogo; a protecção do espaço territorial);
- Socialização (ao nível das emoções, simbolizada sobretudo pelo sorriso e pelo riso, mas também pela paixão e pela saudade; a solidariedade e cooperação, visando a coesão e o progresso do grupo; a interacção com outros grupos; a própria domesticação dos animais);
- Sexualidade (o acto sexual, os afectos e o respeito pela confrontação com o rosto no relacionamento sexual);
- Comunicação (a forma de comunicar, de se expressar, primeiro por grunhidos, e o modo como a necessidade de adaptação às exigências do meio e de sobrevivência foi requerendo uma comunicação cada vez mais elaborada);
- Educacional/comportamental (a aculturação traduz-se numa aprendizagem e consequente alteração dos hábitos e comportamentos do ser humano);
- Técnica (de produção do fogo por atrito e o seu uso para cozinhar alimentos e na protecção contra o frio e animais selvagens; de artesanato e cerâmica, de construção de cabanas; e técnicas de guerrear e de defesa, pelo uso de flechas, cheiro da pele animal como distracção, armadilhas, estas duas últimas também com uma componente organizacional);
- Religioso (alguns idolatravam aquilo que consideravam sobrenatural, neste caso, o fogo);
- Alimentação (grupos recoletores que já armazenavam os alimentos em recipientes e alguns grupos tinham uma alimentação diversificada)
- Vestuário e habitação (uso de peles de animais como coberturas de cabanas e do corpo)
- Estética (pintura corporal como forma de embelezamento e protecção).
- Arte (as pinturas dos recipientes utilizados para guardarem os alimentos)
- Saúde (misturas de ervas medicinais)
- Musical (produção de sons ritmados durante as práticas rituais)


Palavras-chave

Fogo; grupo; hierarquia; interacção grupal; aprendizagem social; emoções; afectos; sobrevivência; organização; comunicação;



Análise Concentrada
Descrição do contexto e das situações/ reconstrução da temática (história)



O filme  conta a vida de um grupo de hominideos que vive em cavernas e possui o fogo sob a forma de uma pequena chama, guardada cuidadosamente para que possa ser utilizada para acender fogueiras. Essa chama, obtida de fonte natural é alimentada pelo líder espiritual para que esta não se apague, porque eles não sabiam fazer o fogo.
A história do filme tem início praticamente quando esse grupo sofre um violento ataque por parte de outro, cujos elementos quase não se diferenciam dos macacos. Como resultado desse sangrento combate, os sobreviventes do grupo são forçados a abandonar a caverna onde viviam e são perseguidos por uma matilha de lobos que os obriga a atravessar um pântano e a refugiarem-se numa ilhota.
Contudo, enquanto o elemento do grupo, encarregue de guardar e preservar a chama, efectua essa travessia, a chama apaga-se na água, condenando a tribo à morte, devido ao frio e à fome.
O líder do grupo (o mais velho do grupo) decide então enviar três homens em busca de uma nova chama.
No inicio da viagem são perseguidos por leões que os obrigam a passar vários dias no topo de uma pequena árvore e a alimentarem-se das suas folhas. Os leões abandonaram o local e os homens puderam então continuar a sua viagem.
É aí que entram no território de uma tribo que é canibal e tinham duas nativas prisioneiras de uma outra tribo mais evoluída. Conseguem libertar as prisioneiras, roubar algum fogo, atirar todas as brasas à água para que a tribo canibal não pudesse acender nova fogueira.
O líder, apesar de ficar ferido numa luta com dois deles, consegue escapar. Esse ferimento deixa-o com dores durante muito tempo. Uma das prisioneiras segue o trio de guerreiros como forma de gratidão e procurando protecção. Depois de várias tentativas consegue aproximar-se do líder, preparando-lhe uma mistura de ervas medicinais para o ajudar a recuperar.
Os quatro iniciam a viagem de regresso, mas ao serem perseguidos pela tribo canibal, conseguem escapar com a ajuda de uma manada de mamutes que tentaram domesticar, oferecendo-lhes alimento.
Numa noite em que um dos elementos do grupo tenta ter sexo com a nativa, ela procura proteger-se junto do líder e é ele quem acaba por ter sexo com ela à frente dos outros dois, demonstrando-lhes que é ele o chefe.
A nativa apercebe-se que está perto da sua casa e tenta persuadi-los a irem com ela, mas não o consegue, devido à dificuldade em comunicar com eles. O líder tenta continuar a viagem, mas não consegue deixar de pensar nela. Resolve ir atrás dela, enquanto os outros o seguem, contrariados. Ao aproxima-se do acampamento, fica preso em areias movediças e é capturado pela tribo da nativa (mais tarde acontece o mesmo aos seus colegas de grupo) Inicialmente é gozado e sujeito a diversas formas de humilhação, acabam por aceitá-los na tribo.
A tribo da nativa é mais evoluída, utilizam lançadores de flechas, técnicas (pintura corporal, cabanas, ornamentos, cerâmica primitiva) e, mais importante de tudo, a técnica de fazer fogo.
Durante a noite, conseguem fugir com a ajuda da nativa O amor que esta sente pelo líder è correspondido, até que, numa noite, a nativa ensina-lhe uma nova forma de sexo olhando-se cara-a-cara.
Entretanto, quando estão perto do seu território sofrem uma emboscada pelo grupo de canibais, conseguem derrota-los devido à utilização dos lançadores de flechas que trouxeram da tribo da nativa.
Finalmente, quando chegam à sua tribo, trazendo a chama do fogo, a felicidade é tanta que o líder religioso ao pegar na chama, esta acaba por cair à água, apagando-a. A tribo fica enfurecida, mas são acalmados pelo líder quando este se prepara para pôr em prática a técnica de fazer fogo que a tribo da nativa lhe ensinou.
Com algumas tentativas falhadas, a nativa toma o seu lugar e acende a chama com grande euforia e alegria de todo a tribo.
O filme acaba com o líder a acariciar a barriga da nativa grávida, onde este demonstra amor e carinho.



Auto-avaliação
Ao visualizar este filme destaco a importância do fogo, sendo tão indispensável no nosso dia-a-dia, e muitas das vezes não damos importância. A história do filme é impressionante e muito chocante, realçando a luta pela sobrevivência. Acho que consegui corresponder aos objectivos propostos para este trabalho, quanto ao preenchimento desta ficha fílmica, consegui, abordar toda a problemática, focando os aspectos mais importantes, conseguindo transmitir plenamente a minha percepção.
Assim, acho que consegui chegar à mensagem que o filme nos quer transmitir, e penso que consegui realizar o trabalho.